Froth Flotationㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ
A concentração de massa por flotação envolve diversos parâmetros e condições interdependentes que, em conjunto, geram um quadro complexo para essa operação, como ilustrado resumidamente abaixo.
Se a usina fosse como uma cidade e as ruas fossem as opções do fluxo, poderíamos imaginar um processo mineral como o transporte de massa por aquela cidade, de um extremo a outro, onde as partículas são transportadas por um carro. A partir do laboratório, pode-se definir o combustível mais conveniente, o modelo do carro, condição de combustão, calibragem de pneus, etc. (1ª Lei – que define a condição mais seletiva).
Após o carro entrar na cidade, devemos esperar até o motorista voltar para informar os resultados reais do percurso, onde o modelo será confrontado na sua predição e, se os resultados forem ruins, normalmente é culpado o combustível ou o modelo do carro, etc., sem considerar o percurso que o motorista seguiu, de modo que para cada viagem, por causa de decisões de operação (cargas circulantes; acúmulo ou desafogo eventual de massa no circuito – inventario; movimentação de válvulas e etc.), poderemos ter um resultado geral de desempenho diferente e imprevisível (caixa preta).
Os modelos físicos pretendem fazer o mesmo, apenas que por controle remoto, sem motorista, controlando a marcha do carro a partir do laboratório, mas ainda sem conhecer a melhor opção para o trajeto. O Modelo Operacional da MOPE pode interpretar o mapa do circuito (2ª Lei) e definir o caminho ótimo (3ª Lei – o mais próximo da linha reta, ou “o caminho que seguiria naturalmente uma molécula” para recorrer desde A hasta P), e orientar o motorista (operador) para seguir essa rota, como ilustrado na Figura abaixo.
Os modelos convencionais não consideram o motorista e imaginam que este entra numa caixa preta e o esperam pelo resultado na outra ponta da “cidade”.
Com a operação (trajeto) otimizada, os resultados sempre serão comparáveis e padronizados, para qualquer combustível (o consumo será mínimo) ou carro escolhido (minério), ou para qualquer outra variável devida ao minério que possa ser estudada no laboratório (fenômeno “natural” de flotação). Cada minério é um minério, mas, da mesma forma, cada operação unitária é uma operação unitária, e esta deve ser otimizada, qualquer que seja o minério processado. Os minérios, pela sua característica, poderão apresentar bons ou maus resultados, mas sempre devem seguir o trajeto ótimo, ou seja, ser corretamente conduzidos pelo operador.
Seguem abaixo alguns artigos técnicos publicados pela MOPE nestes últimos anos sobre operações de concentração de partículas minerais, incluindo um livro publicado no Brasil e uma apresentação da MOPE no congresso centenário da Flotação, em 2005.
Alexis Yovanovic