Desafios Atuais da Mineraçãoㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ
A estratégia de manter a capacidade de produção aumentando a capacidade de tratamento do minério de menor teor, usualmente adotada por mineradoras, advém da caracterização incompleta do minério, sem considerar indicadores que possibilitem explorar sua eventual heterogeneidade. Em consequência, resultam problemas de ordem operacional, econômica e ambiental. Entre eles: a definição de rotas genéricas de processamento com pouca criatividade; a elevação desnecessária do CAPEX em novos projetos, podendo inviabilizá-los e até afastando os pequenos produtores do mercado.
A MOPE vem propondo uma mudança de enfoque perante as perdas de competitividade na mineração, que advém, dentre outras causas: pela diminuição de teores e de reservas; a disseminação de pequenos depósitos (ao invés de grandes depósitos centralizados); elevado custo da energia; falta de água; problemas logísticos; restrições socioambientais e oscilações nos preços das commodities. A opção seguida nos últimos 40 anos tem sido pelo gigantismo das operações, tratando cada vez mais ganga, agredindo o meio ambiente com excesso de rejeitos.
O minério não é tratado da forma devida e ainda persiste o conceito de que qualquer rocha que é retirada da mina deve chegar por obrigação até a Concentradora, muitas vezes alimentando um moinho “SAG”, o cavalo de Tróia do beneficiamento.
Novo Conceito – Concentração Seletiva
A Concentração Seletiva considera o acompanhamento da eventual heterogeneidade do minério, aplicando energia seletivamente e avaliando as faixas preferenciais onde poderia haver preconcentração do minério. Dessa forma, é possível ampliar as reservas minerais, reduzindo o teor de corte e alimentando mais ROM numa britagem especializada, com opções de preconcentração mediante fragmentação seletiva, rejeitando parte da ganga trazida da mina e enriquecendo o fluxo preconcentrado em direção à usina de beneficiamento.
Ainda na britagem, às vezes surgem opções de preconcentração, apenas extraindo parcelas grosseiras de ganga relativamente liberada através de peneiramento e também extraindo e descartando a poeira que, normalmente, contém muitos contaminantes (além dos problemas para retirá-la quando se converte em “lama natural”) e, dentro da usina, essa lama aumentará o consumo de reagentes e prejudicará a seletividade das operações de concentração.
O caminho proposto pela Concentração Seletiva, conceito original da MOPE, aponta para a máxima preconcentração a seco, a usina com tamanho reduzido e a mínima geração de resíduos finos, focando na cominuição seletiva e preconcentração do minério, priorizando a melhor fragmentação e liberação de ganga, poupando dinheiro nas Plantas Concentradoras e reduzindo os problemas ambientais.
MOPENEWS